Tuesday, March 01, 2011

Sobre o Amor

O amor liga. O amor une. Portanto, é um instrumento para a união. E o que há aqui a ser unido? Um pai a um filho, um homem a uma mulher? Um humano a um animal? O homem a Deus ou algo que o substitua, como a natureza, o universo, o cosmos? É um sentimento muito importante. É algo em que o ego desfruta, se sente pleno, satisfeito. É também dar. Gostar é dar, é gostar de dar, dar só porque dá prazer dar. O amor conquista porque todos gostam de receber. Ao dar amor dá-se atenção, cuidado, gentileza, pureza de coração. Um coração que vibra de amor é um coração que transborda de felicidade, plenitude. Viver no estado de amor é viver num sopro leve, num tempo que desaparece a cada segundo que passa, num tempo que engloba tudo em cada bocado de vida, tornando-o eterno. É também força, potência, ilimitada possibilidade de conseguir. O mundo, às costas, é leve para o amante. O amor transforma, baralha, volta a dar. Entra-se nele assim, sai-se assado. Remexe a mente, remexe o corpo. Enche, preenche. Este sentimento é uma força cósmica universal. Atrai só a ideia dele. Tê-lo não significa necessariamente ter algo de concreto, material. É possuir o segredo da vida, da vida plena. O amor é absoluto, não admite compromissos, ou é ou não é. Sente-se o amor. Vê-se na cara, nos olhos. É uma via. Um caminho. Uma meta. É Jesus na sua essência. É Buda. É a via directa para a auto-realização, para os mais altos voos da existência humana. Abre a porta ao sétimo e último estádio de evolução humana, a consciência unitária, o ioga, o nirvana, o reino dos céus dentro de nós. É muito importante, o amor! E é prazer em estado puro. A própria pureza leve da nossa ligação ao alto, ao mais alto, ao Eterno, ao Omnipotente, ao Omnipresente, à memória "smriti" do que serenamente sempre esteve lá, que é o senhor do Universo e que somos... cada um... de nós.

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