Tuesday, April 04, 2006

Sat Yuga

Maharishi tem um programa mundial para criar o Céu na Terra. A consciência de que a Terra está no Céu e de que o Céu está na Terra deveria ser a consciência normal de todos os seres humanos. No entanto, vivemos ainda limitados pelos paradigmas de uma consciência parcelar e restrita da realidade. Na verdade, há Céu que chegue para todos assim como há Terra que chegue para todos, não havendo razão para disputas na procura de poder sobre as coisas do Céu e da Terra que estão a causar a maior miséria material e espiritual em centenas de milhões de nossos semelhantes.


A fome e a miséria, o atraso no acesso aos benefícios do progresso científico e tecnológico, que afligem mais de metade da populaçao do mundo, bem como a infelicidade e a depressão experimentadas por grande parte da populaçao dos países considerados desenvolvidos, dão-nos a medida de como uma consciência pouco desenvolvida (parece haver unanimidade entre psicólogos de que a maioria das pessoas apenas consegue utilizar uma pequena parte do seu potencial mental) está a tornar o homem refém das suas próprias limitaçoes actuais. O terrorismo e a guerra, bem como a criminalidade são apenas a consequência mais visível e terrível desta realidade.

A introdução da Meditação Transcendental no ocidente, aliada à investigação científica que sobre esta técnica tem sido levada a cabo em inúmeras das principais universidades e institutos de investigaçao em todo o mundo, oferece-nos uma oportunidade única para entrarmos definitivamente numa nova era de conhecimento, com consequências inimagináveis para o verdadeiro e pleno desenvolvimento da raça humana. De facto, a investigação mostra que, com a prática regular da MT e de outras técnicas relacionadas, é possível ao homem aumentar a sua inteligência e a capacidade para usar plenamente o seu próprio potencial mental e, ao fazê-lo, expandir a consciência, transcendendo sucessivamente novas limitações.

Esse é o caminho para chegar à consciência do Ser que, antes mesmo de ser qualquer coisa em concreto do campo observável da vida, é ele mesmo, enquanto capacidade e plena potencialidade para ser tudo o resto. Essa realidade daquele que é, do que conhece, do sujeito no processo do conhecimento de objectos, é ela própria possível de ser conhecida, através do uso adequado da mente. E é quando o sujeito se conhece a ele próprio, quando o processo de conhecimento está unificado na consciencia que o sujeito tem de si próprio, que se abrem todas as possibilidades e potencialidades de realização humanas, de conhecimento de tudo o resto.

Esta capacidade de se conhecer a si mesmo e, dessa forma, conhecer tudo o resto, é o bem mais precioso desde sempre perseguido pelo homem. E é a era científica que está a permitir ganhar esta premência de conhecer o Ser, como forma de sair do beco sem saída a que nos levou a consideração de que o conhecimento verdadeiro é tão só o conhecimento "objectivo", ou dos objectos. Todo o conhecimento cai pela base quando o conhecedor é desconhecido. As teorias mais avançadas da física, que nos falam do campo unificado, um campo onde todos os outros campos estao incluidos, reconhecem agora que esse campo tem obrigtoriamente que incluir não só tudo aquilo que pode ser "objecto" do conhecimento, mas também... o próprio sujeito do conhecimento. Caso contrário, algo permaneceria no exterior - o observador, o conhecedor, o Ser.

O conhecimento do Ser é o conhecimento da base onde assenta tudo aquilo que é ou pode ser conhecido, todas as formas de obter conhecimento e, também, a totalidade do próprio conhecedor. A experiência desta totalidade de conhecimento é a experiência da bem- aventurança absoluta, da paz e da felicidade interior. É a realização do homem na sua unidade consigo mesmo e com o universo, o seu pleno potencial de homem pacífico e plenamente satisfeito.

Só este estado de realizaçao permite ao homem criar de facto o Céu na Terra, e entrar definitivamente numa nova era, a Era da Iluminaçao, Sat Yuga, onde não há lugar para o sofrimento e ignorância, onde os recursos disponíveis são suficientes para a satisfação de todos e onde o trabalho é tão somente uma forma de dignificação e realização do homem, onde não há lugar à exploração e agressão de fortes contra fracos e onde o espírito e alma humanos são definitivamente reconhecidos na sua verdadeira dignidade, que é a dignidade do próprio Criador.

Criar o Céu na Terra é fazer desabrochar em todo o seu esplendor a consciência do Céu, que está, realmente, sempre presente na nossa vida terrena.

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